Tenho
dias…
Tenho
dias…
Eu
tenho dias em que tudo é nada e nada é algo que não sei…
Tenho
dias assim, nem sei, nem faço, nem dou, nem tenho…
Mas
tenho dias assim.
Me
sinto réplica de um tempo, que quer, que quer chorar, que quer sorrir, correr,
saltar… Por vezes tenho tempo… Muito tempo.
E
nesse tempo… Tenho dias… Que sou matéria deste mundo, deste que me acolheu, por
vezes sem luz, outras iluminado, umas vezes sem chão… Outras sem colo…
O
colo é a ausência, onde a minha mente recua e encontra a excelência, o
processar de mimos que me levaram ao encontro de um peito… Por vezes um beijo…
Um pescoço humedecido... Um deslizar por ali… Tenho dias…
Tantos
dias… Que por vezes nem o tempo me lembra desse quente sentir.
Tenho
dias que choro… Ela nem dá por isso, sei porque a sinto impermeável.
Tenho
dias que somente sei sorrir… Ela nem dá por isso, porque a sinto resistente ao
flutuar.
Chamo-lhe
privilegiada… Chamo porque sei, porque quero que seja ela, o concretizar do meu
avanço… Se alcanço? Não sei!
Sei
que tenho dias assim…
Tenho
dias que desejo a possibilidade… Noutros dias a verdade me cativa… E ainda
outros sem alternativa… Porque a alternativa é ela.
Ela
que tal como eu tem dias… Imagino que sim, que tenha tal como eu, dias assim…
Eu
tenho dias assim…
José
Alberto Sá
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