Fonte
do meu olhar
Lágrimas
do meu canto… São preocupação, de um olhar, de um sentimento e um coração.
Já
não estou preocupado…
As
raízes que deambulam pelas entranhas da terra, já conseguem respirar, rasgaram
o ventre de cor canela e se soltaram em gritos pela janela… Estou livre! Eu
sinto! Eu já sei sorrir! Eu sei a suavidade da brisa, uma sensação sem camisa…
Nudez paralela ao amor…
Porque
o amor é sentir o corpo da raiz ao topo do céu.
Já
não estou preocupado…
Meu
tronco cresceu e cresceu pela verdade da vida, mesmo que por vezes uma verdade
sofrida… Mas que na luta… Venceu!
Já
não estou preocupado…
Os
homens já são fortes, os que são folhas verdes, os que carregam esperança, os
que acreditam que existe sempre uma flor a nascer…
Já
não estou preocupado…
Na
lágrima sinto o cheiro da costa, o mar que me enaltece em poemas de maresia,
cheiro a sal, aromas de um belo abraçar.
Já
não estou preocupado…
Nasci
homem das entranhas da terra… Amo a paz e não a guerra…
Já
não estou preocupado… Comigo!
Nem
contigo! Tu que vives na mesma verdade que eu…
Tu
que tal como eu, sentes as entranhas da terra e os anjos no céu…
Somente
choro… Na preocupação dos que dizem ser e não são!
Das
crianças indefesas… Dos homens incompletos, que não aproveitam a beleza do
mundo… Das mulheres que nasceram para serem amadas e não o são…
É deste
mundo pobre e podre que me importo…
Porque
já não me importo comigo!
Sorrio
em lágrimas pelo canto, a fonte do meu olhar…
Já
não estou preocupado… Comigo… Vós sois a preocupação…
Um
olhar sincero de um coração…
José
Alberto Sá
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