O
meu…
Sou
educado, caminho pela estrada de uma vida feita de cores pastel… E amo os corpos
femininos plantados no caminho que piso, a cor da pele.
Sou
educado até nas noites grotescas, sempre vivo noites de núpcias, sempre vivo em
alarme, em alertas frenéticos de um sangue pulsante… Porque sou educado ao
tocar-te.
Sou
até o monstro abominável de um caminho ou caverna onde me dispo… E na nudez
feita de educação, sou a evolução de um coração que vive caminhos em erupção… Sou
educado na caverna que se educou para o meu sorriso e o meu respirar…
Por
vezes sou o revoltado e desnudado quando triste… Sempre tento me conter… Pois o
frio destaca o meu ser sexual, o frio me dilacera, faz-me esquecer a primavera
e eu não dou por ele… Ele é o meu ser evidente que com o frio se deita… Dorme…
Sou
educado até no acordar do meu ser, na minha personagem sensual, o meu belo e
trabalhador, este que me acompanha feito de arte erótica… A educação faz-me
calar, deixando o volume aos olhos das famintas e luxurias visões… Não me
manifesto, ele se encarrega de fazer a vénia… Tal como eu… Ele é educado… Pertence-me…
Pertence-te…
Por
vezes falo em voz surda, em diálogos só nossos e ele sempre reage ao estímulo…
É meu… Teu na vontade… Vivo com ambos de verdade…
Tu
e ele…
Será
assim até que morra, sempre educado… E tal como eu… Vivemos hirtos na educação…
Satisfazemo-nos…
Um
beijo, um abraço, corpos, uma mão… Outra mão…
E
ele…
…
Educado! Levanta-se após a vénia…
José
Alberto Sá
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