Dominação
Castiga-me…
Vá, castiga-me, domina-me como se eu fosse modelo, de uma forca em que a corda
são os teus braços.
Força-me
a tudo, eu disse a tudo, porque tenho o principal do teu desejo… Força-me, vá,
talvez me critiques por me sentir bem, quando me castigas.
Vá…
Por
detrás sou presa fácil, sinto-te mas não te vejo, até meu umbigo se cega aos
teus olhos… Extravasa essa tua arrogância sensual… Vá, castiga-me, pois cada
lado meu, te fará apertar ainda mais a vontade suprema das tuas mãos.
Vá…
Os
seios apontam arrepiados, não pelo medo, mas por sentir esse banho de dedos que
me arrepiam… São cócegas em forma de tortura… Fazes-me mover os calcanhares.
Vá,
força-me mais um pouco, será indispensável que te espalhes em mim, o aperto
provoca-te tremuras no teu refinado sorriso.
Sinto-me
presa, como que de uma ave de rapina se tratasse, ao segurar a sua presa…
Seguras-me
pela cintura e fazes-me escorrer… Sou agora mulher nas margens de um rio, sou
amante castigada por ti… Sou ventre que se quer deitar… Sou a tensão que se
exige… Sou o olhar alucinado… Sou mulher, que mesmo submetida a ti, me sentirei
em castigo a montanha que desce até te encontrar…
Sou
mulher, que após o castigo, te olhará de frente e te pedirá mais castigo… Mais
Força… Mais dominação.
Vá…
Castiga-me
sempre… Quero ser cúmplice de um poeta que me ama, na prisão dos seus braços.
Castiga-me…
Vá… Amo-te pela força que me invade… A ti poeta…
José
Alberto Sá
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