Profissão!
Depois
de tudo, chega a reclamação suprema… O frio da esquina…
O
cinzento depois de tudo…
E
não foi arte, se o amor nasceu pela venda de um corpo, que se atravessou nas frestas
de uma parede velha…
Velha
é a profissão do pintor, do poeta, do escritor e do escultor
Velha
é a profissão da dor… A luta… Profissão… Prostituta…
Depois
de tudo… Chega a excitação incapaz de uma cobiça desejada, sem luz, sem beijo…
É nada!
Sem
lábios humedecidos, onde a humidade é lágrima que corre…
O
frio… A névoa… A fome… A necessidade…
Liberdade?
Não… Profissão…
A
verdade! Depois de tudo e de todo o côncavo quente da pele…
Nada
existe, nem fica o sabor, nem foi, nem é amor…
Depois
de tudo é dor…
O
triângulo é o início da luz quando nascemos…
Sensual
quando amado… Perfeito se transportado pela pureza feminina…
Não
é vida, se a vida é esquina…
Certeza
que depois de tudo… Não basta entristecer…
Num
mundo onde não sabemos quem somos… Quem somos neste mundo de apetecer…
Depois
de tudo… Tudo vale… Tudo é fé… Tudo é vida… Depois de tudo, o tempo vai por aí…
Escolha ou luta… Profissão… Prostituta…
José
Alberto Sá
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