Violento
governar (Parte II)
Falei
de amar… Pena que até o amar é violento… Para quem não sabe viver…
Que
até o amar é uma palavra sem sentido… Pelos que violentam a governar.
Palavras
cancerígenas e encantadas pelo zumbido anil… Passado, presente e um futuro a
mil… A mil é dizer imenso! É tanto tempo violento… E se eu aguento, é porque
grito pelo melhor… O céu também grita… Ouvindo o vento da prosa que vos chega…
Ouvindo o tempo de poesia que vos alivia… Palavras como jardins, onde a rainha
é rosa e os espinhos a ousadia… A cantiga do vento é a vontade de quem manda,
de quem arrelia o tempo… Um tempo violento.
Escapa-me
a fúria da minha voz por entre as palavras… Falei do vento… Falei do tempo… Mas
violento é tudo que me é roubado, que nem em prosa, nem na poesia me deixam
ficar calado… Violento é o ódio… Daqueles vermes medalhados no pódio… Violento
é o vazio… Vazio de um espaço por preencher… Falei de amar… Abracem as palavras
e gritem… A voz é vencer… E o povo é poder…
José
Alberto Sá
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