Violento
governar (Parte I)
Violento
é o tempo que passa e me faz recordar, que agora o vento regressa num tempo com
pressa de ser violento…
É
na escarpa da vida, é no abismo que passa o vento sofredor, pisa o monte, pisa
a terra… Pisa o tempo… Pisa o amor.
E
a voz que o vento leva no seu zumbido… É tempo sem tempo para agora, num vento
sofrido, num tempo que demora, a ser vento de abrigo.
Violento
é o vento, como violenta é a palavra de quem governa… Tempo de uma escrita sem
flores, sem arvoredos, sem cores… Sem ramos floridos… Ventos esquecidos, como
palavras vestidas com nossos medos…
Violento
é o poder… Daqueles que nos querem corroer… Pois… Nem aqui consegui desabafar…
Porque eu… Não consigo ser violento… Não sou vento, nem sou tempo para mandar… Sou
candura…Sou da terra de quem lavra… Sou amor, sou abraço… Sou palavra.
Palavra
pura… E o vento… O vento é tempo que passa e me faz recordar… Que num tempo que
mesmo violento, ainda se consegue amar.
José
Alberto Sá
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