Uma
pétala que em minha mão cai, num ritual de perfeito sentir, do perfeito voar
pela sina da minha pele.
E
a pele absorve, sente a frescura tonificada de fragrâncias suaves, se o toque
for enaltecido pelo olhar…
Olho
e cativo-me perdido na sensualidade da cor, em cada saliência que exala perfume
da sua sensualidade.
Sinto-me
o frasco de elixir rejuvenescido, sinto-te na impregnação, no tacto que minha
pele deseja.
Sou
o desejo de um olhar penetrante e que me faz levitar pelas contas de marfim,
feitas para ornamentar os desejos de um homem de coração pulsante.
Pois
pulsante é cada batida numa pétala em minha mão, cada perfume em meu olfacto,
cada essência em palavras dirigidas ao meu consciente e perfeito sentir.
Pétala
que em minha mão cai, sinto-te capaz de te ver despida, agora que sozinha, fora
do alcance das tuas irmãs… Na minha mão te peço… Despe-te…
Somente
nua és a perfeição, como quando em botão… Te fizeste ao mundo, como quando ao
florescer te apresentas no meu jardim… Somente para mim.
Para
mim é um amor que me faz sonhar, ser flor, ser a razão de uma mão segura…
Ser
a terra que te fez crescer, ser o mar que te separa de mim… Em fim… Ser o céu
que nos aproxima… Ser a mão que te sente… Ser a pétala que me quer… Como eu te
quero… Pura.
Flor
que se abriu para me dar, como quem dá ao outro… O amor.
José
Alberto Sá
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