Acompanhado
com a saudade
Se
acordo com a saudade, eu próprio desencadeio a procura de ti… Sozinho.
Associo-me
ao volante e agarro com força… Como se andasse de bicicleta, as pernas aperto-as
ao selim…
Associo-me
à sela e cavalgo até à glorificação… Procuro vencer.
O
objecto é somente imaginado, o corpo é somente sonhado, real é a saudade e o
domínio da minha máquina.
Consigo
por entre a saudade ir mais além… Mais além do uso específico, porque me exalto
e transpiro.
Funciona,
o sol se afirma em meu corpo que escalda… Fenómeno amoroso da saudade, quando
preciso de te tocar e tu não estás…
O
espaço é a perfeita paisagem que transporto até ao momento, tenho-te embrulhada
em meus braços e sinto os relevos como se fossem dunas… Dunas reais… Sinto-te
por entre vales… Relvados de penugem sublime… E a máquina funciona, se acordo e
tu não estás…
Se
acordo e te imagino interessante… Associo-me à cama e te levo num colo
impressionante… Aperto… E o fenómeno acontece… Sempre acontece quando tu não estás
e me aperta a saudade… Triunfo sozinho, porque tu existes… Espero-te…
José
Alberto Sá
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