Porque
roubam a voz ao povo
Vagueiam
por aí
Vozes
dispersas sem eco
Sem
som
…
Vazias
Vazias
por aí
Vozes
que falam pró boneco
Sem
razão
…
Manias… Mas que nos ofendem
Porque
fedem
Fedem
por não conterem,
a
palavra amor
Palavras
sem som,
pela
gaguez da indefinição
Palavras
sem eco,
das
vozes que vagueiam por aí…
Sem
saída
Vozes
que se entranham em certas vaidades
Palavras
sem razão e sem perdão
Vozes
pró boneco…
A
alma dessa gente,
se
é gente… Está perdida
E
vagueiam por aí…
Sem
a resposta, daqui
Vozes
que cospem no ar
Chuva
de saliva putrefacta…
Vozes
vazias
Vozes
com mentira…
Loucos,
todos loucos
Loucos
pelo poder…
Vozes
de raiva, a minha… O meu ódio… De vós
E
é nessa voz…
Que
me tento acalmar
Tento
engolir as palavras… As minhas arrelias
E
na minha voz, os ecos são roucos
Porque
falo somente para vós…
Loucos…
Com
a minha voz
Odeio-vos
Filhos
da… Esses que nada dizem de novo
Odeio-vos
Filhos
da… Que comem a voz do povo
Eu
não vagueio por aí
Sei
bem da vossa voz… Desse hálito…
Dessas
palavras que fedem poder… Desse fedor
Eu
não vagueio por aí
Nessas
vossas palavras
Eu
tenho as minhas palavras… AMOR… AMOR…AMOR
Porque
o povo é feito deste sentimento…
E
vós… Na vossa voz…
Sois
na nossa voz o lamento
Eu
odeio-vos… Filhos da…
José
Alberto Sá
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