Viver
realmente… Como eu
Ser
pequeno é ser moço… É ser do meu povoado
Ser
sorriso, ser contente, nos trilhos de um céu que se alcança
Viver
no ninho de um povo aconchegado…
Ser
menino e ser amado
Ser
na terra igual à serra…
Grande
e verde da cor dos campos… É ser esperança
E
este filho que lá caminha, nessa terra de ouro vestida,
também
se sente vestido de trigo e alfazema
Semente
da alegria nos campos de flores silvestres…
É
lá… Que a alma dança…
Canta
a cigarra como se fosse ela a minha pequena
Como
pequena foi a minha inocência de criança
Ser
pequeno é ser rapaz… É ser igual ao meu cantinho…
É
ser do mar…
Ser
do tempo das águas cristalinas em riachos de encantar
É
viver em confiança…
Em
prados de chilreios no ar e andorinhas a voar
Ser
o eterno menino daquela gente… Ser a verdade falada pela escrita
Ser
poeta… Ser escritor…
É
ser na dor a mão da pobreza
E
o Pai que lá habita… Se sente vestido de amor, no reino de quem acredita
Que
ser homem é ser abraço… Ser humilde…
Para
que o pão de toda esta certeza
Seja
o corpo do trabalho, seja a bênção de um vasto céu sem vaidade
Porque
ser a vida, é ser para além do sonho, viver na realidade…
E
viver simples como eu
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