Tento
esquecer-te e não consigo
Por
quanto tempo mais, irei escrever este meu livro.
Já
rasguei tanta folha, que me dói o peito…
Ferido
e sem jeito.
Para
justificar as palavras colocadas no lixo sem recuperação, dói-me o coração.
Versos…
Muitos
versos de amor, muita palavra sentida, vontade sofrida.
Vontade
contida na saudade das folhas amarrotadas e no lixo lançadas.
Por
quanto tempo mais, sentirei longe o cheiro das rosas, as folhas onde escrevo e se
diluíram em teu perfume.
Essência
das palavras que rasguei e sem recuperação, se perderam pela minha mão… Sem um
único queixume.
Por
quanto tempo mais…
O
meu sorriso levará os meus olhos a brilhar, sinto-me triste pelo perdido, num
caixote de pétalas humedecidas com lágrimas.
Versos…
Muitos
versos sentidos na humidade do meu olhar… Preciso procurar até encontrar.
A
cor do sol e das estrelas no rastejar dos meus pés, sou o ser descalço de
pensamento, sou o ser que deitou ao lixo parte do encantamento.
Palavras
que hoje não mais encontro por aí… Quimeras translúcidas que ainda deixam
passar alguma réstia de valor, do ser que habita em mim.
Por
quanto tempo mais, minha alma aguenta o sentido das palavras perdidas que ainda
me perturbam… Meu Deus porque penso nisto… Por quanto tempo… Sei lá… Alguém me
dirá.
Por
quanto tempo, o tempo se sentirá capaz de me contar, a razão de no meu lixo ter
palavras com valor… Perdidas para sempre… Será amor?
Por
quanto tempo mais… Tentei esquecer-te. Eu não consigo…
Este
tempo que diz ser pouco… É tempo demais sem ti.
José
Alberto Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.