Flor sem cor
Agarrado às pétalas da vida
Fui dizendo…
Quero… Não quero
E cada pétala sentida
Era no doce da vida
Um pedaço de mim
Quero… Não quero
E a flor dos meus sentidos
Eram pétalas rosadas,
tombadas no chão
Quero… Não quero
A vontade do coração
Ali…
Naquele chão colorido
Jaziam as pétalas, como
lágrimas
Nuas…
Os olhos da mágoa,
olhavam o sentido
Das flores sem razão
Que desmaiavam no chão
Cruas…
Cruas eram as pétalas da
maldade
Nuas as flores sem idade
E eu…
Quero… Não quero…
Continuo feliz
Nuas com sorrisos fechados
Cruas por falta do néctar dos
amigos
E eu…
Quero… Não quero…
Ela era a flor, eu era a raiz
Era na vida o caule sem
maldade
O acreditar na flor, sem
pétalas
Uma flor que falava comigo
Quero… Não quero…
Um mundo em desespero
Sem pétalas, sem folhas…
Castigo
Assim a flor vive nua
Caída no meio da rua
Sentindo a cada dia a dor
Crua… Crua
Eu quero… Mas não quero
Uma flor que não tenha cor
José Alberto Sá
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