Vai embora…
Tão perto e tão longe,
separado pelas lágrimas que
deslizam
Eu sentia o húmido soluço no
teu rosto
Já o sol estava posto…
E a voz em melodia… Me dizia
Vai embora…
Senão, não paro de chorar
E as lágrimas em silêncio… Me
gritavam
… Fica… E novamente…
Vai embora…
O frio não era do tempo que
fazia
Era a voz que me dizia
Vai embora…
E sem querer, se despedia
Num sorriso solto por me ter
Numa leveza sentida por saber
Que o amor é muito mais, que
me ler
… Fica… E novamente…
Vai embora…
Era uma vontade, sem vontade
de falar
Era a liberdade que lhe fugia
Uma voz provocada pela magia
Uma menina que na despedida,
queria ficar
Vai embora…
E as lágrimas que caiam
Continuavam… Uma a uma
Eu quase as ouvia… Era tão
perto
Eram gotas de um mar feito de
espuma
Salgadas pelo amor e magia
E uma a uma… Deixavam meu
coração aberto
Translúcido… Feliz… Pois eu
embora não ia
Ela sempre me sorria
E eu sabendo quem sou…
Embora não vou
José Alberto Sá
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