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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Vai embora...

Vai embora…

Tão perto e tão longe,
separado pelas lágrimas que deslizam
Eu sentia o húmido soluço no teu rosto
Já o sol estava posto… 
E a voz em melodia… Me dizia
Vai embora…
Senão, não paro de chorar
E as lágrimas em silêncio… Me gritavam
… Fica… E novamente…

Vai embora…

O frio não era do tempo que fazia
Era a voz que me dizia
Vai embora…
E sem querer, se despedia
Num sorriso solto por me ter
Numa leveza sentida por saber
Que o amor é muito mais, que me ler
… Fica… E novamente…

Vai embora…

Era uma vontade, sem vontade de falar
Era a liberdade que lhe fugia
Uma voz provocada pela magia
Uma menina que na despedida, queria ficar

Vai embora…

E as lágrimas que caiam
Continuavam… Uma a uma
Eu quase as ouvia… Era tão perto
Eram gotas de um mar feito de espuma
Salgadas pelo amor e magia
E uma a uma… Deixavam meu coração aberto
Translúcido… Feliz… Pois eu embora não ia
Ela sempre me sorria

E eu sabendo quem sou…
Embora não vou


José Alberto Sá

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