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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Pois...

Pois…

É impossível… O amor sem ela
O amor sem mundo, o amor sem fundo
Espreitar a gentil aurora, pelo vidro sem janela
… E chora…
Chora a lágrima que não seca…
Quando não a sinto e me afundo

Pois…
O amor não quer ficar
Aquele amor que todos os dias me devora
… É ela…
A silva que me rasga o coração
A flor que nasceu rosa,
enfeitada de espinhos para me trespassar
Sou o ferido nos finos gemidos da saudade
Apetece-me gritar
Gritos da ausência sem razão
Pois… O amor sem ela, não é verdade

Quantas vezes, me sinto ferido
E sempre me sinto curado… Por ti
É tão fácil estar apaixonado
Imaginar o tempo passado
e ser teu amigo
É neste amor que me vedas o que senti
Numa janela partida a onde sou conduzido
E ali… Te espero, não tenho outro lado

Pois… O amor sem ela é dor
É um sossego desassossegado
É a existência do nada… O sangue sem cor
O mar sem água, o céu sem lua
Num amor que vive, sem sorrir
Esperando que a minha, também seja a tua
A mesma vontade que nos irá unir


José Alberto Sá

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