Escrevo…
Os meus olhos estão cansados
Voam inclinados
Perante a caneta que te
escreve
Tosco… Tosco é o papel
Onde escrevo momentos
apaixonados
Semblantes palavras que a
ninguém deve
Mas é tosco… Tosco e velho…
Cor de mel
O meu papel…
Pobre papel amarrotado…
Sentimento igual ao meu…
Cansado
Várias vezes desfolhado
Loucamente rasurado
Escrevo
Gentis movimentos ondulantes
Fulminantes desejos
E os meus olhos… Gritam
socorro
Querem sentir teu corpo… Como
se fossemos amantes
No meu papel…
Pelas linhas desenhadas por
mim
Sinto na cor do mel… O topo
do morro
Somente para te gritar na
escrita…
Como bocas na procura de um
beijo
Eu sou assim…
Escrevo
Sou a imagem dos meus olhos…
Cansado
Sou a força que me impele a prosseguir
Sou a vontade na força de ser
tocado
Por ti… Sim por ti…
Palavras minhas escritas
sempre a sorrir
És tu… Na minha mão, no papel
de carta
Na caneta gasta e farta
Escrevo
Os olhos… A luz… A alma que
se sente desperta
Os olhos… A magia… A candura
Que no papel velho e nas
linhas sem gravura
Se acha na procura… Por ser
poeta
Escrevo
Os meus olhos… São de alguém
Quem procuro… Quem me tem
Os meus olhos… São do céu a
sua cor
São paixão… Nas cartas de
amor
Que escrevo…
José Alberto Sá
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