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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Escrevo...

Escrevo…

Os meus olhos estão cansados
Voam inclinados
Perante a caneta que te escreve
Tosco… Tosco é o papel
Onde escrevo momentos apaixonados
Semblantes palavras que a ninguém deve
Mas é tosco… Tosco e velho… Cor de mel
O meu papel…

Pobre papel amarrotado…
Sentimento igual ao meu… Cansado
Várias vezes desfolhado
Loucamente rasurado

Escrevo

Gentis movimentos ondulantes
Fulminantes desejos
E os meus olhos… Gritam socorro
Querem sentir teu corpo… Como se fossemos amantes
No meu papel…
Pelas linhas desenhadas por mim
Sinto na cor do mel… O topo do morro
Somente para te gritar na escrita…
Como bocas na procura de um beijo
Eu sou assim…

Escrevo

Sou a imagem dos meus olhos… Cansado
Sou a força que me impele a prosseguir
Sou a vontade na força de ser tocado
Por ti… Sim por ti…
Palavras minhas escritas sempre a sorrir
És tu… Na minha mão, no papel de carta
Na caneta gasta e farta

Escrevo

Os olhos… A luz… A alma que se sente desperta
Os olhos… A magia… A candura
Que no papel velho e nas linhas sem gravura
Se acha na procura… Por ser poeta

Escrevo

Os meus olhos… São de alguém
Quem procuro… Quem me tem
Os meus olhos… São do céu a sua cor
São paixão… Nas cartas de amor

Que escrevo…



José Alberto Sá

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