Canela… O teu odor
Meia-noite… Estás comigo, é o
destino
Sinto-te no escuro do meu
quarto…
Sonho em constante sentido
Meia-noite… E sinto minha
mão, na tua mão…
Repentino
Os teus paços que ouço no
silêncio, o teu gemido
Meia-noite… Impossível
dormir,
nem o lençol se alisa
E sinto no escuro… uns lábios
a sorrir
Uns braços a tocar… corpos
sem camisa
Será que sonho? Penso que
não…
Meia-noite… E olho um horizonte
sem linha
Lá longe naquele ponto
brilhante que não vejo
Sinto… a beleza, a candura de
alguém que diz ser minha
… Minha no abraço, no
sorriso… Num longo beijo
Meia-noite… E os lençóis se
movimentam
e soltam o odor
São os mais puros sentidos… O
respirar
Uma voz que baixinho me diz:
Meu amor
Meia-noite… E já me imagino
no mar
No mar com cheiro a canela
Acendo a luz… Me vejo com ela
Meia-noite… Não! Uma da manhã
Será que sonho? Penso que
não… O dia o dirá
José Alberto Sá
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