A minha voz
Hoje soltei a solidão
Nem o sol, nem a lua
Hoje consenti a voz da razão
E soltei pela língua húmida,
a bela e nua
A minha voz
Dei mil gemidos
Lavei de amor o ar
E a mente… Ai a mente dos
meus sentidos
Quiseram voar
Voar na minha voz
Lembrei os olhos tentadores
Lembrei as mãos, aquele
sorriso
Aquela boca suave, o respirar
de amores
A sensação de um timbre que
preciso
Preciso sentir na minha voz
Gritei ilusões, palavra
ingrata… Mas bela
Pintei sonhos por entre
flores
Recitei à janela
Cantei com minha voz, como
fazem os cantores
A minha voz
Hoje atentei os meus lábios num
enredo
Minha voz fulminante sorriu
Falou… Falou pela fúria do
medo
E de novo surgiu
A minha voz
Hoje vos fala transparente
Hoje vos fala repleta de luz hilariante
Que bom é sentir a vida como
ela é… Simplesmente
Perfeita na doce voz de um
poema… Inebriante
José Alberto Sá
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