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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A minha voz

A minha voz

Hoje soltei a solidão
Nem o sol, nem a lua
Hoje consenti a voz da razão
E soltei pela língua húmida, a bela e nua

A minha voz

Dei mil gemidos
Lavei de amor o ar
E a mente… Ai a mente dos meus sentidos
Quiseram voar

Voar na minha voz

Lembrei os olhos tentadores
Lembrei as mãos, aquele sorriso
Aquela boca suave, o respirar de amores
A sensação de um timbre que preciso

Preciso sentir na minha voz

Gritei ilusões, palavra ingrata… Mas bela
Pintei sonhos por entre flores
Recitei à janela
Cantei com minha voz, como fazem os cantores

A minha voz

Hoje atentei os meus lábios num enredo
Minha voz fulminante sorriu
Falou… Falou pela fúria do medo
E de novo surgiu

A minha voz

Hoje vos fala transparente
Hoje vos fala repleta de luz hilariante
Que bom é sentir a vida como ela é… Simplesmente
Perfeita na doce voz de um poema… Inebriante


José Alberto Sá 

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