Interior
Procuro os teus pés
Por entre as secreções
eléctricas
Reviro as papilas… Só tu
sabes
… Só tu és
Aquela que por entre vontades
frenéticas
Faz revirar o branco dos
lençóis…
Onde só tu cabes
Procuro-te na cavidade da
minha boca
Ferves como espuma do mar
E erecta queres sentir a
leveza louca
O meu bater de asas…
Borboleta a acasalar
Procuro o teu pulso
É nesta sede que sinto o
abanar da cama
Amarro-te, algemo-te neste
amor avulso
Somente nosso, o colchão é
chama, é fama
A estrela é ele,
é ele que sente o espetar das
unhas
As risadas, gemidos em saliva
Néctar que nele se derrama
até secar
Pois descanso contigo, menina
altiva
Um descanso onde te procuro
com beijos
E ao olhar o espelho vejo-te
feliz
Diz… Diz…
Diz que foi bom, a satisfação
de mil desejos
Um deles… O procurar de teus
pés
Outro… O procurar de teu
pulso
Conhecer-te de lés a lés
Meu néctar em teu
esconderijo… Expulso
Foi neste procurar de amor
Que conheci o teu interior
José Alberto Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.