Sonho…
Ávido por entre as torres
Saboreando as entalhas do
castelo
O norte… O sul
Deusa dos amores
As muralhas de caramelo
O meu céu, o meu mar… Meu
azul
Oh corpo que celebro com meus
dedos
Ao tatuar as torres de pele
crua
Ávido pela auréola dos teus peitos
Rainha sem medos
Domada pela sagaz vontade
quando nua
Torres que se fendem nos
suores dos leitos
Sinto-me sentinela, teu
vassalo
Capaz de sangrar pela força
de um amor
Ávido sim, de olhos no mastro
No subir da bandeira, no
relinchar do cavalo
Oh corpo de dama, que me
levantas ardor
Sinto-te minha lua, me sinto
teu sol… Amarelo astro
Ávido pelo esfregar em
roliços gemidos
Dançando nos fardos de palha,
que no campo são almofadas de
sol
Ávido rebolo contigo pela
terra, corpos unidos
Que no amor, são corpos sem
malhas
Que se amam e se transformam
em girassol
Ávido é este meu sonhar
Rainha com quem sonho sem
conhecer
Sou um rei sem trono,
querendo voar
E acordar deste sonho e
contigo viver
José Alberto Sá
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