Escrevo-te
E sobre as linhas do teu
corpo escrevi
Rendido à beleza dos
contornos perfumados
Escrevi abusos em teus seios
Escrevi… Escrevi…
Palavras contornadas pelos
afagos
Pelos sussurros perdidos
pelos meios
Qual sanguessuga penetrando
na pele
Sugando toda a tinta que
cobiçava
Escrevi sobre teu corpo
dourado, cor de mel
Palavras como beijos quando
sugava
E sobre as linhas escrevi o
amor
Assinei a paz pelo território
amado
Escrevi sobre vales e
montanhas a mesma cor
Escrevi em desertos e oásis…
Por todo o lado
Palavras que pelo teu corpo
estavam nuas
Palavra que eram a chave para
te abrir
Palavras como tu… Simples,
belas e cruas
E sobre as linhas tranquilas,
ouvia música
Sentia o vai e vem da
respiração
Escrevi palavras que
ondulavam com astúcia
Radiantes pela destreza de
uma mão
A mão,
Que as escrevia
E sobre as linhas do teu
corpo… Eu sou o dia
O dia em que escrevo sobre o
teu coração
Um pulsar doce que senti
Um corpo, uma mão… Muito amor
Nas palavras que escrevi
José Alberto Sá
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