Apontado à luz
E os dedos hirtos apontaram o
céu
Não se ouviu relampejar
A névoa não tapou o sol
E os dedos de um ser como eu
Fizeram-me ouvir, fizeram-me
chorar
Não havia névoa, ao longe se
via o farol
E os dedos hirtos sem auréola
de luz
Fizeram-me sentir o fresco do
mar
As ondas de um mar manso
E os dedos de um ser como eu,
lembraram Jesus
Fizeram-me sorrir, fizeram-me
cantar
Não havia névoa, o céu estava
em descanso
E os dedos hirtos tremiam ao
apontar
Não se ouvia o vento
As pessoas em volta estavam
como eu
E os dedos de um ser que
sabia falar
Ergueram-se em voz alta,
compassada no tempo
Um tempo sem névoa, que
também era meu
E eu…
… Eu ouvi…
O amor de um ser, que nos
falava do céu
… Eu senti…
Que os dedos hirtos,
eram de um amor que também é
teu
José Alberto Sá
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