Por ti acima
Trepo pela
falésia de um amor apetecido
E ao trepar
sinto-me escultor
Cinzelo
aqui…
Cinzelo ali
na mais doce brandura
Deixo em
cada cinzelada um coração destemido
Um olhar de
luz, de azul sedutor
Um sorriso
maroto, que sabe trepar pela falésia mais pura
Eu trepo até
ao infinito, até te encontrar
Trepo sem
medo, até alcançar o topo da minha vontade
Jamais
abrirei mão
É pelo topo
de um corpo de mulher
Que ao
trepar me sinto em liberdade
Sinto na
mais ingreme falésia o sonhar,
se ao trepar
eu te tiver
Sorrindo no
topo da minha luz, a minha claridade
Eu trepo até
ao infinito, até te poder levar
Pedra sobre
pedra, cinzeladas apaixonadas
Batidas de
timbre suave,
que me
transmitem a melodia de um violino
Que belo
sabor me oferecia o doce desejo das escaladas
As trinadas
de uma guitarra, um fado… Um hino
Que bom é
sentir o trepar, se o teu rosto se vislumbra
Um rosto celeste…
Uns lábios
que no topo dizem bêbedas palavras a um poeta
Palavras
ritmadas, deambulando enquanto eu rastejava
Pela falésia
que um dia me deste
Me deste
para sentir, ao deixar a porta aberta
E eu…
Eu trepo até
ao infinito, para te amar
José Alberto
Sá
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