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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Não te quero incomodar

Não te quero incomodar

Não te quero incomodar com a poesia
Mas é assim que te vou confessando,
os meus desejos
Levasse ela o meu corpo até ti
Trouxesse ela até mim a tua magia
Humedecesse ela a minha boca com os teus beijos
Fornecesse ela de ti tudo que vi

Não te quero incomodar, só busco amor
Pois é assim que vou sorrindo com o sol
É assim que busco no silêncio,
o néctar de uma flor
Na mais bela poesia, como cantos de rouxinol

Não te quero incomodar se te ofereço,
um barquinho de papel
São memórias de um menino que não esquece
É no dobrar das folhas que abraço teu mel
E no flutuar nas águas,
o meu barquinho o teu sorriso enaltece

Não te quero incomodar com os meus jardins floridos
Nem olhar os canteiros de rosas sem que lá estejas
Canto sozinho todas as melodias,
dos dias em mim sofridos
Que tento enviar em notas de música,
levadas no vento para que me vejas

Não te quero incomodar com meus lábios de sede
Nem te abraçar sem que te apeteça sentir
Somente quero que saibas, que existe sempre
alguma coisa para lá da parede

E quero sim… Um horizonte de luz e de paz…
Para ti… Linda e querida
Uma luz que não te incomode e te faça sorrir
Porque se eu não te incomodar… Já sou vida


José Alberto Sá

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