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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Lembro...

Lembro…

Lembro o tempo que não esqueço
Nem sei como, ou quando, mas penso por aí
Não consigo esquecer as palavras que não dissemos
Saudades de ouvir os sussurros que querias soltar
Um dia chego lá… Mereço
Sair pela manhã e sentir o que não vi
Caminhar pelo silêncio da tua voz, sílabas que não temos
E na saudade sentir os olhos inertes por te amar

Lembro o tempo sem horas, sem ponteiros
O desfrutar de sorrisos, desabafos sem rosto, mas sentidos
Sim… Sentidos como se sente a rua por onde passas
A canção que me fizeste ouvir
Sim… Lembro o ondular de cor pastel do teu olhar
Nem sei como, mas fomos os primeiros,
a sentir a paixão sem gemidos
Sim… Lembro como conseguimos juntar duas taças
E beber do pólen que se fez mel em teu sorrir

Os tacões dos teus sapatos que se sentiam descalços
As pedras frias do tempo sozinho que pisei
Lembro… O rumo que quiseste dar ao teu silêncio doloroso
Parede pintada pela cal branca,
onde se vê a sombra da lágrima que te cai
Não penso, que penso que sei, mas sinto a mudez
Vacilo pensando sem pensar… Sou teimoso
Lembro a vontade que é tanta,
lembrança do perfume teu, que de mim não sai

Momentos, tempos e pensamentos, vestidos sem roupa
O amor, oferecido por Deus… Amado cristo
Na lembrança que me dói e é louca
Lembro… A minha… A tua nudez
Sem nunca nos termos visto


José Alberto Sá

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