Quantas
vezes me sinto o fragmento
O ramo partido
de uma ramificação sem magia
Quantas
vezes me sinto levado no vento
Num voo urticante,
pelas veredas da poesia
Quantas
vezes…
Quantas
vezes… Queria ser a pedra de um mural
Quantas
vezes queria sentir o nada
Ser a alma
alada
Ser o
oceano, sem água, sem sal
Quantas
vezes…
Quantas
vezes caminho, sem saber o caminho
Sentindo que
quem me leva é a estrada
Quantas
vezes peço um carinho
E recebo do
mundo a bofetada
Quantas
vezes…
Quantas
vezes ao deitar me lembro de ti
E tudo que
lembro é luz, num escuro interior
Quantas
vezes ao levantar o sol me sorri
E tudo que
lembro não leva amor
Quantas
vezes…
Quantas
vezes me disseste, estou aqui
… E não
vinhas
Quantas
vezes me dizias… Tu és a claridade
Eu não sei o
que tinhas….
Mas nunca vieste
de verdade
Quantas
vezes…
Quantas
vezes o tempo não contou
Tentei
sempre ser eu… Por isso chorei
Quantas
vezes o sonho me levou
E na
realidade, nada foi, nada é… Já nem eu sei
Quantas
vezes…
Quantas
vezes mais te vou esperar
Talvez… Só mais
uma vez
O hoje é
esse dia…
Muito mais
não vou aguentar
José Alberto
Sá
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