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domingo, 19 de maio de 2013

Desfloro a vontade


Desfloro a vontade

Desfloro o malmequer
Virgem... Imaculada
Artista impune... Doce mulher
Loucura translúcida... Minha amada

Desfloro...

O ímpeto desejo no íntimo do teu botão
Pólen... Que nas pétalas se deixa beber
Imploro...
Já não és a minha invenção
És a virgem poderosa do meu querer

Tu... Que seduzes o artista
Palavras com símbolos violeta
Erotismo na mão... Quando dança a caneta
E com amor me fazes olhar para ti

Solta-me a vista
Solta-me o olhar...
Choro...

Choro se desfloro a vontade
Na imaginação que o meu cérebro te oferece
... Uma vaidade
De te ter perfeita... Num tempo de agora
Um agora... Onde tudo acontece
E o malmequer que vive em mim
Se desflora...
Com um princípio, um meio e um fim

José Alberto Sá

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