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domingo, 21 de abril de 2013

No degrau, eras a nau


No degrau, eras a nau

Naquele primeiro degrau
De joelhos, agarrei-te pela cintura
Olhei-te mais uma vez
... Eras a nau
E o ondular, era teu corpo, a tua nudez
A caravela de um mar meu
Onde o amor era a mistura
Entre a terra e o céu

Subimos mais um degrau
Estávamos nus num mar revolto
Sentia-te nos gemidos naufragados
... Eras a nau
A fragata cor de espuma, onde me solto
As ondas eram os abraços descontrolados
Eras a pluma da gaivota que se soltara
Flutuavas macia, provocavas o clima
Corpos unidos, cara na cara
E sentiste... Sentiste...
Uma espada em movimentos de esgrima

Foi no terceiro degrau
Que te quis amar
Eras a nau
Abriste... Abriste as velas ao vento
Gritaste ao relento
No quarto degrau da escada
Um ondular sem mar
Com ondas de amor... Mais nada

José Alberto Sá

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