Será?
Desconfio de mim... Será que existo?
Esqueço-me várias vezes... De nada!
Desconfio e não resisto
A vencer esta bola giratória... Parada
Será que me engano?
Confundo-me várias vezes ao dia
Penso ser o que não sou!
Desencontro-me na tristeza da alegria
Quando a luz se acendeu e alguém apagou
Será que me engano?
Sou criança adulta... Adulto acriançado
Ilusão ou desilusão
Linguagem sem palavras, surdo e calado
Quando falo da pequena imensidão
Do enorme mundo, tão pequeno p’ra mim
Será que me engano?
Ou não... Ou sim!
Vendado vejo a estrada em movimento
Ela não anda...
Ando eu pela estrada do vento,
quando fechado, na marquise da varanda
Desconfio de mim... Serei louco ao mundo
Serei alguém que não cabe
Sem topo... Sem fundo
Que todos conhecem e ninguém sabe
Será que me engano?
Somente sei... Que sem amor, eu não amo
Nem ontem, nem hoje, nem amanhã...
Será?
José Alberto Sá
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