Chuva de amor
Não corras à chuva
São salpicos de água caídos do céu
Não corras à chuva, que pisas na uva
E ao cair... Eu vejo o que é teu
Salpicos no chão
Poças de água lamacenta
Salpicas o meu coração
E algo em mim não aguenta
Não corras à chuva, que te molhas
Saia molhada, perna que promete
Poças de água sem escolha
Onde teu corpo se reflete
Salpicos no chão, risadas no ar
Eu a gritar
Tu a saltar
Onde a humidade nos vai levar!
Não corras à chuva, eu vejo a calcinha
Saltas na tua
Saltas na minha
Na água da chuva, no meio da rua
Salpicos na boca, salpicado olhar
Movimentos à chuva, corpos escorridos
Dança molhada num louco abraçar
Na dança da chuva, em corpos unidos
Não corras à chuva
Que pisas na uva...
José Alberto Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.