Até amanhã
Acordei, a
roupa estava espalhada no chão
Completava
um vazio, uma vontade, um desejo
Quis
acreditar nas cores que enfeitavam o meu coração
Aquele
beijo!
Somente a
minha roupa lá estava
Ainda sentia
o eco em melodia do mar
Aquele som sussurrado,
que me fez acreditar
Que me
amava!
O lençol
amarrotado falava-me do ondulado prazer
Uma longa
noite em que o tempo se evaporou
Vapores
saídos de dois corpos a ferver
Acordei… Ela
me amou!
Já sentado,
olhei o espelho onde reflectia meu corpo despido
Ainda sentia
as mãos de veludo, percorrer o pecado
Fechei os
olhos e relembrei o momento de cupido
Quando a
flecha abriu o fruto mais esperado
No espelho… Um
sol que tinha dormido na mesma cama
Uma lua que
brilhou até à despedida
Um olhar que
me segue, que me quer, que me ama
Lembro o
beijo depois do banho, perfumada e bela
Lembro o
olhar doce de mel, o sorriso vermelho de romã
Acordei com
a luz brilhante da minha donzela
Na saudade
de hoje, na esperança de amanhã
José Alberto
Sá
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