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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O poeta de Espinho


O poeta de Espinho


Só quero ser poeta!
Deixem-me...
A voz é minha, da palavra a minha caneta
Deixem-me ser poeta!
Mais rouco não fico por declamar
Só quero que me deixem sentir
O vento que me vem buscar
O sol que me vem cobrir
Deixem-me...
Só quero ser poeta!
Não sou a obra megalómana
Não sou o grito sem voz, sem garganta
Só quero ser poeta!
Levar amor... E amar as flores de Anta
Só quero caminhar
Deixem-me a porta aberta
Só quero ser poeta!
Já não conto os paralelos da estrada
As avenidas não me ouvem
Só quero ser poeta!
Mais nada...
Espinho... Deixa-me ser poeta, falar de ti
O mar, as gaivotas, voam na minha caneta
Tenho orgulho de ti...
Eu... Só quero ser poeta!

José Alberto Sá

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