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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Quero o meu Portugal


Quero o meu Portugal 

São gritos mudos, o meu medo
As almas duvidosas que me neguem
Fujo pelos abismos do credo
Horas dos incrédulos que me perseguem
São areias movediças, minutos sem tempo
As fugas de informação
São sinais sem movimento
A fuga de quem não acredita, que temos uma nação
São gritos de hoje ao meu Portugal
São gritos demoníacos da corrupção
Dividas requintadas por quem nos quer bem
Fazendo-nos mal
São gritos de quem nada tem
Fujo sem destino, sinto-me perdido
Vejo correr pela estrada a confusão
São gritos sem gemido
Gargantas feridas deambulando no alcatrão
Pergunto-me para que a resposta não exista
Tenho medo de dizer como se faz
Fujo em gritos como galo sem crista
A procura de um cantinho, a minha paz
São gritos de sofrimento sem medida
Mentes do diabo que nos governa
Fujo num caminho sem saída
Grito aos copos, desabafos na taberna
E esqueço…
Por momentos quem me ultrapassa
Fujo com ventas que não mereço
Num grito por Portugal, a minha raça

José Alberto Sá

2 comentários:

  1. Que força nas palavras...Poeta..Que este belissimo poema se transforme num eco expressando a voz de todos nós..bjinho Parabéns

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