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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Não te escondas


Não te escondas

Vira-te
Por detrás da cortina
Fica a imaginação de algo que não sei
As rendas escondem, o pensar mais a cima
Num olhar penetrante, imaginação sem lei
Vira-te
O biombo é o medo do teu querer
Escondem o pensamento mais brilhante
A imaginação de te levar a esquecer
Cada segundo, cada gesto, cada instante
Vira-te
Já vi algo pela frente
A loucura escondida pela tua mão
Imagino o que seria de repente
A vontade do meu coração
Vira-te
Não é um pedido
É uma vontade de ver e sonhar
Imagino-te de vestido comprido
Aparecendo para me amar
Vira-te
Eu desaperto o último botão
Sonho ver o teu vestido a cair
E aí de novo imaginar tua mão
Levar a minha a sorrir
Vira-te
O momento é de aventura
Teu corpo despido junto do meu
Corpo belo, cara linda, mente pura
Musa de um tempo que já é teu
Vira-te
A cortina é transparente
O biombo já não separa o amor
Imagino-te colada em meu corpo docemente
Diva, mulher, menina… Flor

José Alberto Sá

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