Imagino-te
todos os dias
Quando o dia
não é igual…
Acordo como
hoje, numa manhã enevoada
Hoje o tempo
era cinzento
Sem cor, sem
luz, sem vento
Uma manhã
fria, sem nada
Dia infernal
Acordei a
imaginar a pessoa que nunca vi
Queria
acordar num dia com mil cores
Sentir-te na
paleta no pintar do meu dia
E na tela
matar as saudades que tenho de ti
Traçar
pinceladas com doces odores
E saborear o
corpo que imagino na tua alegria
Quando o dia
não é igual…
Sinto a dor como
neste dia cinzento
Sinto comigo
a imensidão de um vazio
Tu aí!
Deves sentir
como eu a cinza do tempo
Não há luz,
não há sol, a vela não tem pavio
Dia infernal
Acordei para
agradecer o meu simples pensar
Pois mesmo
não estando
Eu te sinto
na tela que estive a pintar
Foi com a
mão no teu rosto, que fui pincelando
Querendo na
tela o teu beijo
O meu desejo
Te amar…
Quando o dia
não é igual…
Hoje, mais
uma vez olhei a minha pintura
Hoje, mais
uma vez te fui beijar
Numa manhã
em que o dia era cinzento
Eu reparei
que já não aguento
Mais um dia
infernal
Quando o dia
não é igual…
José Alberto
Sá
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