As vozes que se perdem
Conheço vozes, como conheço esquinas
Ruas com vértices pontiagudos
Jogos de cartas, poemas sem rimas
Desmaios em caras, doentes confusos
Conheço vozes que já não chamam
Ruas caídas, monumentos abandonados
Jogos e corridas das mentes que tramam
Caídos num chão como pedintes calados
Conheço vozes que amam sem amor
Ruas cavadas como trincheiras
Jogos escondidos no poder do terror
Conheço vozes de frio, que já tiveram calor
Ruas lavadas sem dinheiro, inundadas de asneiras
José Alberto
Sá
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