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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Aos poetas


Aos poetas

Na suavidade da vida
Aprendemos as cores
Alegria da vinda, a saudade da partida
Sentimos a fragrância das flores
Percorremos o ondular das montanhas
Ouvimos a voz mais amiga
Imaginamos o gemido das entranhas
O desabrochar da espiga
Os poetas são como eu
Devoram palavras, dando-lhe significado
Abraçam o azul do céu
Oram pela dádiva, ao Deus amado
Na suavidade do vento
Tentam voar
Contar as horas, aproveitar o tempo
Tempo que amam no recitar
Calmamente tentam falar com sentido
Amor apetecido
Raiva ou ódio também
Falar do Pai, amor de Mãe
Calmamente deixam a porta aberta
Dão de coração palavras em poesia
Ser assim é ser poeta
É ser mundo, ser vida, ser magia

José Alberto Sá

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