Papel
rasgado
Tocando o
vento
Um papelinho
me acenava
Reflectia
luz no branco da sua cor
Parei um
momento…
Olhei-o
fixamente… E ele continuava
Acenando na
brisa como uma flor
Um simples
papel caído no chão
Rasgado de
outro bocado
Sobressaía
do alcatrão
E
chamando-me à atenção!
Acenou-me
num gesto apaixonado
Parado…
Apeteceu-me
lhe tocar
Ele com o
seu brilho continuava a acenar
Como quem me
dizia
Anda…
Estou aqui
Senti
alegria
E verguei-me
para o apanhar
Na minha
mão…
Quatro
letras gravadas na sua luz, eu li
“Amor”
Sentiu-se
confortável, parou de acenar
Somente
permaneceu na sua cor
Mas fez-me
sonhar
Senti no meu
coração…
Caminhei
estrada fora
O papelinho?
Atirei-o no ar
E quando
caído no chão
Agradeceu-me
o momento
A luz do
sol, a brisa do vento
E continuou
a acenar
José Alberto
Sá
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