Políticos
Vejo-vos
sentados na ponta de uma agulha
Política arrepiante!
Uma dor fina
mas constante
Um picar
aguçado e marcante
Uma dor que
bem merecias
Escorregais
sobre um corrimão de lâminas afiadas
Assim vos
imagino, como num atear do fogo
Incêndios de
pobreza vossas manias
Ganância e
jogo
Lavareda que
devagar nos corrói
Chama em
chama cavalgando
Roubo,
morte, raiva, a alma que mói
Vosso jogo,
que me vai arreliando
Já nem as
agulhas vos ferem
Já nem as
lâminas vos cortam
Já nem os
fogos vos querem
Os desejos
de fazer bem, por vós abortam
Porque tu,
mal acarinhado… Não paras
Porque tu,
mal-amado… Não sentes
Porque tu,
rejeitado… És um jogo, coroa ou caras
Porque tu,
reprovado… Mentes
Imune, nome
que vos fica bem
Indolor,
nome que vos deveria chamar
Inglória, é
o nome de quem não tem
História
para contar
Tu, que
roubas… Irritas-me só de te ouvir
Tu, que me
despes… Provocas-me só de te sentir
Tu, que me
decepcionas… Nada vales
Desabafos
meus ou… mesquinhices
Desejo o
deslizar de lâminas para que não te cales
Na ponta da
agulha vos vejo… Politiquices
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