Olhares
Olhei sereno
Um mundo
pequeno
Um amontoado
de terra
Uma mão
cheia que berra
Em gritos
silenciosos
Olhei ameno
Mundos
sinuosos
Um amontoado
de ortigas
Uma mão
cheia de brigas
Em gritos
revoltosos
Olhei
pequeno
Um mundo
refém
Um amontoado
de terra de ninguém
Uma mão
cheia… Mas sem…
Sem olhar o inexistente
Sem olhar o
imperfeito
O mundo onde
não me deito
Um amontoado
negro aos meus olhos
Uma mão
minha, mas triste
Olhei a
terra de feno
Um mundo aos
molhos
Um amontoado
que não resiste
E o meu
olhar continua
Numa terra
seca e nua
Um amontoado
de pedra crua
Uma mão que
é minha e é tua
Olhei uma
alma apetecida
Alma de
verdura
Terra de
gente pura
Um amontoado
de desejos meus
Uma mão de
Deus
A minha vida
José Alberto
Sá
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