Tu…
Que me
apontas o dedo
Tu…
Que me
acusas
Pobre diabo
sem medo
Que a mim
recusas
Tu…
Que mostras
ser bom
Tu…
Que falas
bonito
Pobre
criatura sem dom
Medíocre em
quem não acredito
Tu…
Que te
escondes no sorriso
Tu…
Que convidas
escondido
Pobre doente
sem juízo
Mente pobre
e sofrido
Tu…
Que dizes sou,
sem ser
Tu…
Que dizes
fazer, sem ter
Pobre ao
acordar no amanhecer
Sem sol, sem
luz, sem se conhecer
Tu…
Que ofereces
sem estender a mão
Tu…
Que declamas
sem poesia
Pobre de
coração
Ciumento de
pura arrelia
Tu…
Que sem
palavras tudo dizes
Tu…
Que sem
gestos tudo fazes
Pobre que ao
negro, tudo condizes
Jamais com o
mundo farás as pazes
Tu…
Que poderias
ser, se não seguisses
Tu…
Que
crescerias se parasses
Serias rico
se me pedisses
Serias homem
se me escutasses
Tu…
Que querias
ser como eu
Tu…
Que pequeno,
querias o meu crescer
Pobre de
alma caída do céu
Pessoa de
mau perder
Tu…
Mau agoiro
Tu…
Mau e doente
Pobre sem
tesoiro
Jamais serás
gente
José Alberto
Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.