Gravada em
mim
Tenho-te
gravada em mim, menina de longe
Sinto-te a
cada segundo dos ponteiros do meu pulsar
Sou um
prisioneiro do teu convento, onde sou monge
Enclausurado
só para ti, menina do mar
Até no vento
que sinto, teu cheiro me devora
As árvores bailam
com o vento, o teu sorrir
O rouxinol
chilreia o teu cântico, que me namora
As nuvens
passam baixinho parecendo cair
E eu
tento-as agarrar, imaginando-te voar
No caminho
junto ao rio, vejo-te passear
De mãos
dadas com as flores, num beijo de abelhinhas
Vejo-te
correr sobre as searas, lindo bailar
Fazendo-me
lembrar o voo das andorinhas
Tenho-te
gravada em cada momento que vivo
Já não
caminho sem teus passos
Já não falo
sem que estejas por perto
Sinto-te
apertando a cada respirar, como em mil abraços
Sinto-te na
minha prisão, um campo aberto
… O meu
coração
Ao olhar o
mar, em cada onda te vejo, uma sereia
No céu azul
te sonho e te agradeço a imensidão
No meu corpo
te sinto, deslizar em cada veia
Por isso
estás gravada em mim, como se fosses uma canção
Oiço-te
cantar todos os dias até ao adormecer
Timbre suave
que me arrepia
E no escuro
da noite ao deitar, vejo-te aparecer
E comigo dormes
gravada na minha alegria
José Alberto
Sá
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