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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Desapertada


Desapertada

Foi no desapertar do botão
Que te toquei devagar
A curiosidade de descobrir
Sentir o bater do teu coração
Sentir o teu respirar
Olhar teu peito e sorrir
Foi no desapertar do botão
Que senti o volume do amor
Estavas quente
Sentia vindo do teu corpo o odor
A fragrância que alimenta minha mente
O teu olhar seguia meu tactear
Beijei teu umbigo
Mais um botão a desapertar
E…
O mais belo castigo
Foi no desapertar do botão
Que soltas-te um gemido
Ergues-te a cintura
E…
Ficas-te frágil… Que linda visão
E sem botão,
tudo era apetecido
Abracei-te, numa deliciosa mistura
Foi no desapertar do botão
Que o sol amou a lua
Essências e corpos em combustão
Estavas nua…
Hilariante lava incandescente jorrou
No desapertar de um botão
Que ao amor nos levou

José Alberto Sá

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