Deixem-me
sozinho
Deixem-me…
Já não faz
sentido
Olhar as
horas
Espreitar à
janela, olhar o vazio
O relógio
parou à janela onde moras
O céu perdeu
a cor, a neve trouxe o frio
Deixem-me…
Já não
importa se faz vento
As ruas
podem entupir, eu já não passo
Sou uma
folha morta, parada no tempo
No chão frio
e molhado, o meu fracasso
Deixem-me…
Já não
preciso esperar
Que o dia
nasça para minha alegria
O meu
sorriso enregelou
De tanto acreditar…
Meus lábios
brancos, sedentos, são alergia
Urticações
de um amor que passou
Deixem-me…
Já não quero
saber
Que dia é
hoje, se grito em pranto
Se amanhã o
dia me espera
O amor é a
vontade, o meu querer
Já não sei
se me levanto
Corpo de um
inocente destemido
Pobrezinho…
A vida já
não é o que era
E já não faz
sentido
Deixem-me…
Sozinho
José Alberto
Sá
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