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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ao acordar


Ao acordar

Pela manhã…
Acordo sentindo a tua presença
Procuro no silêncio um queixume teu
É pela luz da persiana que te sinto
Uma luz que me prende… A minha sentença
Numa claridade vinda do céu
És tu que me fazes feliz
Sente amor… Como eu sinto
Até no meu espreguiçar
Abro os braços em direcção ao teu olhar
Teus olhos brilham na minha vontade
São a luz penetrante de toda a claridade
É pela manhã que ao me refrescar
Sinto na água cristalina
O perfume de uma menina
Que loucamente me viu sonhar
Sonhos perdidos no travesseiro
Num rasgar de roupa
Como num descortiçar do sobreiro
Amor… A minha vontade é louca
Sente comigo o meu acordar
Rebola comigo na mesma cama
É no acordar pela manhã
Que te quero recordar
Lembrar-te toda a semana
Que ambos pecamos na maçã
Num jardim de éden… Teu colo
Num jardim florido… Meu solo
É pela manhã que não te oiço
Mas te sinto…
É pela manhã que não te vejo no baloiço
Mas no meu acordar te pinto…
Faço um retrato teu, no meu pensamento
E pela persiana te sinto
Na luz e no vento.

José Alberto Sá

2 comentários:

  1. Li uma série de poemas...Como o meu tempo é muito escasso, deixo aqui um comentário mais globalizante: acrósticos com sentido, poemas com sentires genuínos...Contudo, este tem um sabor especial: é amor, ternura, romantismo, lirismo...
    Bjo, amigo José
    :)

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