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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Nas linhas...


Nas linhas…


Escrevia…

Mas não sobre ti, não o queria

Comecei por escrever nas linhas da rua

Traços de uma palavra nua

E parecias-me tu

Continuei a escrever

Palavras em poesia

E em tudo que fazia me parecia

Um traço nu

Teu corpo sempre a aparecer

Continuei a escrever suavemente

Tudo que me saía da mente

Eram palavras virgens numa linha crua

Traçadas numa luz… Igual à lua

Tu… Em tudo aparecias, estavas ali

Continuei e escrevi

Amor, tu estás sempre presente

Não consigo escrever sem que lá estejas

As palavras nascem como semente

Nascem no amor como desejas

E escrevo para que vejas

Que não consigo viver sem te ter

Escrevo mil palavras, para um amor que desejo

Todas escritas com vontade de te ver

Gravadas no meu papel como num beijo

Escrevo tremendo comovido

Escrevo palavras sentidas

Num caderno preenchido

Por um amor sem medidas


José Alberto Sá

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