Minha amada
Naquele dia…
O mar batia palmadas suaves
A areia permanecia quieta
A espuma soltava-se e voava
No céu das lindas aves
O horizonte no seu fio era a meta
Ao longe a cidade dormia
Era noite, hora que amava
A pedra húmida estava fria
E eu esperava, naquele dia
O vento soprava rajadas de perfume
Maresia e saudade
Uma fogueira dentro de mim era lume
Sozinho esperava e sentia liberdade
Naquele dia queria ser preso
Preso pela noite, pelo luar
Contei as estrelas, amor ileso
Naquele dia… Esperei… Esperei…
Nada… Sozinho continuei
O mar… a lua… o vento…
Fizeram-me companhia
Naquele dia contei o tempo
Não houve magia
Escrevi… Escrevi poesia
Recitei para o mar, único a escutar
E ao levantar… o sol nascera
Tinha uma namorada
Uma paixão esperada
A minha poesia, a minha amada
José Alberto Sá
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