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domingo, 13 de novembro de 2011

Penso, mas não sou


Penso, mas não sou


Parei

não sei porquê!

Estava no meio do caminho

Na minha frente o rio

Recitava baixinho

Poesia com brio

E... Não sei porquê!

Parei

Senti arrepio

Das palavras ditas

Estava no caminho,

sozinho

Silêncio... Nem um pio

Parei

Não sei porquê!

Vontades malditas

Minha poesia

Que digo, ninguém lê

Que mania!

Parei

Não sei porquê!

Queria ali recitar alto

Ninguém me ouvia

Aí podia

arrancar o asfalto

Com minha pobre poesia

Parei

e agora sei!

Não sou poeta

Somente algo me desperta

Caminhei


José Alberto Sá

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