Palavras sem papel
Apetece-me escrever,
mas já não tenho palavras
Queria te descrever
Na folha branca te ver nascer
A caneta não tem tinta
O papel amarrotado
Até o pensar já me finta
Palavras em tom desbotado
Queria escrever amor
Não me lembro!
Queria fazer de ti uma flor
Tenho medo, de não saber
Já nem sei a cor
Minhas mãos tremem
Não sei que fazer.
Apetece-me, ter-te em meu caderno
Recordar tempo antigo
Viver o tempo moderno
Olho a folha, que endireito
Passo a mão suavemente
É branca, o tom perfeito
Para nela fazer
O que vai na mente
Apetece-me escrever
Fazer nascer e recordar
Vontades de um apetecer
Amar... Amar... Que,
mesmo não escrevendo
Me está apetecendo...
José Alberto Sá
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