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domingo, 13 de novembro de 2011

Palavras sem papel


Palavras sem papel


Apetece-me escrever,

mas já não tenho palavras

Queria te descrever

Na folha branca te ver nascer

A caneta não tem tinta

O papel amarrotado

Até o pensar já me finta

Palavras em tom desbotado


Queria escrever amor

Não me lembro!

Queria fazer de ti uma flor

Tenho medo, de não saber

Já nem sei a cor

Minhas mãos tremem

Não sei que fazer.


Apetece-me, ter-te em meu caderno

Recordar tempo antigo

Viver o tempo moderno

Olho a folha, que endireito

Passo a mão suavemente

É branca, o tom perfeito

Para nela fazer

O que vai na mente


Apetece-me escrever

Fazer nascer e recordar

Vontades de um apetecer

Amar... Amar... Que,

mesmo não escrevendo

Me está apetecendo...


José Alberto Sá

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