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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Me vou...


Me vou…


Já não sinto dor

Já não tenho lágrimas… Secaram

Já não penso

Abandono-me pura e simplesmente

Sou uma flor

Que pétalas murcharam

Sou um mar imenso de saudade

Que me invade

Sufocando-me lentamente

Já nada interessa

Já não sei escrever

Já não tenho pressa

Somente a saudade, de te ver

Olha-me… estou branco

Cor sem sangue, sofrimento

Cobre-me com teu manto

Calor do teu corpo,

teu respirar, meu alimento

Está frio… Tremo descontrolado

Meu corpo deitado

Jaz no chão

Amado… Abandonado

Rejeitado

Olho a parede… vejo-te

Talvez alucinação!

Desejo-te…

Estendi meu braço

Queria sentir tua mão!

Que faço?

Salva-me… Te peço

Fala-me, uma só palavra

Eu mereço,

que meu coração,

novamente se abra.


José Alberto Sá

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